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O perigo da Corrida tendo em vista o Emagrecimento


Belino Coelho, diretor técnico da Elite Assessoria Esportiva, do Brasil, responsável pelo treino e orientação de mais de 150 atletas, aborda um tema bastante pertinente e que deve ser debatido por todos devido a sua perigosidade: pessoas que procuram na corrida um meio para o emagrecimento.

Pelo menos 90% das pessoas que me procuram para iniciar a prática da caminhada e/ou corrida têm como objetivo o emagrecimento. Emagrecer e manter-se magro(a) não é uma das tarefas mais fáceis. Exige dedicação, paciência, força de vontade, disciplina, disposição e coragem para encarar a rotina de treinos.

Nessa “corrida pelo emagrecimento”, muitos iniciam a todo vapor, treinando todos os dias e durante mais tempo que o recomendado para a sua condição física atual. Alguns até cometem o exagero de diminuírem drasticamente a alimentação ou adotam dietas “milagrosas”, tentando assim conseguir o tal emagrecimento em tempo recorde, favorecendo a perda de massa muscular, que, na balança, vai dar a falsa sensação de que realmente o emagrecimento está ocorrendo, embora coloque a saúde em situação de risco.

Por exemplo, tive uma aluna que, no final de semana, comeu feijoada, bebeu aquele chopinho e, para finalizar, um sorvete. Nesse momento, o pensamento é automático: «O treino tem que ser maior e suficiente para queimar tudo o que foi ingerido para a consciência ficar leve.». Ela tinha 12 km de treino mas, por causa da consciência pesada em função da alimentação , correu 25 km… Resultado? Ficou doente e quase duas semanas sem treinar.

Claro que pode ter havido uma coincidência, mas, por ser uma carga que o organismo dela não estava preparado, o desgaste foi grande, deixando o seu sistema imunológico praticamente à mercê de uma doença oportunista, o que de fato acabou por acontecer (sem contar o alto risco de uma fratura por estresse ou outro tipo de lesão…).

Muito dos “corredores” que querem emagrecer a todo custo (por exemplo, os que querem ficar esbeltos para o verão em dois meses) são os que mais me preocupam. O fato de não terem conhecimento técnico adequado sobre a recuperação, a postura correta durante a prática ou, principalmente, o critério quanto à aplicação das cargas de treino (duração e intensidade), leva a falhas nos mecanismos de “Supercompensação” e, a médio e longo prazo, esse mesmo “corredor” pode entrar em estafa ou se lesionar seriamente, sendo obrigado a interromper a corrida, entrando inclusive no estado conhecido como “Overtraining”.

A corrida é uma excelente ferramenta contra o emagrecimento, mas a evolução em relação às cargas de treino deve ser feita de forma lenta, gradual e com critério. Muitos corredores, principalmente os iniciantes, acreditam que, se fizerem um volume de treino grande e com baixa intensidade, estarão queimando mais gordura, o que é muito relativo. Atividades de média a alta intensidade queimam muito mais gordura e com menor tempo (volume) de duração.

Esse fato de que treinar mais intensidade do que volume para queimar mais gordura tem levantado um questionamento importante por parte de alguns atletas.

Treinar intensidade é melhor do que treinar resistência? O que você acha?

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