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Não fuja dos treinos regenerativos…


Muitas vezes, o corredor amador foge do treino regenerativo, afirmando que o mesmo é para “meninas”, que “isso é para quem é uma tartaruga a correr”, etc. No entanto, como comprova o especialista Belino Coelho, diretor técnico da Elite Assessoria Esportiva, do Brasil, responsável pelo treino e orientação de mais de 150 atletas, inclusive no estrangeiro, este treino é fundamental na nossa preparação.

No Brasil, a grande maioria dos atletas amadores não gosta de fazer – ou simplesmente dizem que não conseguem fazer – os treinos regenerativos por causa do ritmo mais leve, o qual, dentro do treinamento, tem um papel relevante no que diz respeito a recuperação. Mas é importante saber quando, como e o porquê dele acontecer.

Os treinos longos e/ou intensos causam ao nosso organismo micro lesões nos músculos e órgãos internos, além de produzir toxinas, elevar a quantidade de alguns hormônios – como por exemplo o cortisol, que tem função catabólica (retira energia de músculo e ossos) – e causar a depleção (diminuição) do glicogênio muscular, sais minerais e outros nutrientes.

Para reverter essa situação, o atleta pode fazer descanso passivo, ou seja, não treinar, ou fazer o treino regenerativo para acelerar esse processo, como uma corrida ou natação leve, que visa favorecer e acelerar o mecanismo de supercompensação.

O treino regenerativo é aplicado após treinos longos e/ou intensos. Ele deve ser feito com volume reduzido, de forma proporcional ao volume de treino semanal do atleta, e com intensidade baixa, ou seja, ritmo bem leve. Com isso você tornará mais rápido o processo de recuperação em função do aumento do fluxo sanguíneo, rico em nutrientes e oxigênio, que serão direcionados aos músculos e órgãos.

Dessa forma, o seu organismo consegue recompor os estoques de glicogênio, mas também é capaz de absorver os nutrientes que o ajudarão na recomposição sanguínea, muscular e óssea (tornando esses dois últimos mais fortes e resistentes). Nota ainda para a eliminação das toxinas produzidas durante o esforço intenso e, finalmente, para a normalizaçã do do ritmo dos hormônios, que estavam em alta.

Uma das grandes vantagens do treino regenerativo em relação ao descanso passivo está na absorção do cálcio pelos ossos, que os torna mais fortes e resistentes, uma vez que perdemos cálcio (devido a ação do cortisol) nos treinos longos e/ou intensos (deixando-os mais fracos e aumentando assim o risco de uma fratura por estresse), além de diminuirmos o tempo de recuperação pós-treino.

Além do treino regenerativo durante o microciclo* de treinamento, eu costumo aplicar também um microciclo regenerativo, que tem por objetivo permitir que o volume residual** proveniente dos treinos seja eliminado, além de permitir que o organismo assimile os estímulos aplicados ao longo do macrociclo*** de treinamento, elevando com isso a condição do atleta para o próximo micro ou macrociclo.

Para aqueles atletas que pretendem correr uma Meia-maratona, Maratona ou distâncias superiores, o treino regenerativo é excelente, também, para a manutenção do volume de treino. Destaco também que a alimentação é fundamental para que todo o processo de treinamento funcione na pefeição. Se não ser apropriada, o treino regenerativo poderá ter efeito contrário.

* Microciclo Período que compreende a menor parte do planejamento de treino que pode variar de 5 , 7, ou mais dias de treinos;

** Volume Residual Acúmulo de cansaço ou fadiga ao longo do treinamento;

*** Macrociclo Período que compreende a somatória de vários microciclos de treinamento

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